quarta-feira, 30 de março de 2011

Banda Desenhada - O Começo

A Banda Desenhada começou, por mais incrível que pareça, na Pré-História! Apesar de ser uma maneira muito mais primitiva, os desenhos feitos nas paredes das cavernas eram a maneira que o ser humano tinha naquela altura de retratar algum acontecimento.
O desenvolvimento do ser humano levou também a um desenvolvimento deste tipo de Banda Desenhada, sendo que esta passou a ser produzida através de hieróglifos (método de escrita dos egípcios) bem como nas tapeçarias medievais.
Surgiram igualmente os quadros, que todos nós conhecemos, que são também uma maneira de narrar um acontecimento ou história, ou de retratar um pensamento ou sentimento.
Os tipos de BD mais recentes são as tiras ou revistas/livros. Esta variante começou com as sátiras políticas publicadas nos jornais ou apenas caricaturas das figuras importantes desse tempo. Com o tempo foi sofrendo uma evolução, passando a ser publicadas revistas e livros já com histórias completas e muito maiores, o que acabou por despertar na população um grande interesse, tornando-se assim tão conhecida como é hoje.

Aqui estão algumas imagens, para poderem perceber do que estamos a falar.


Pinturas em cavernas


Hieróglifos


Tapeçarias medievais


Quadros



Sátira política


Revistas/Livros de BD

terça-feira, 29 de março de 2011

Banda Desenhada - O que é?

Banda Desenhada (ou BD) é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objectivo de narrar histórias dos mais variados géneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas ou jornais.
É também conhecida por Arte Sequencial ou Nona Arte. O termo Arte Sequencial (sequential art) define o arranjo de fotos/imagens e palavras de modo a narrar uma história.

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Árvore Mágica

Na passada segunda-feira, fomos à Escola Básica de Miraflores para realizarmos uma actividade com os alunos do 2º ano, pois o incentivo à leitura deve vir desde cedo.

Começámos com uma pequena apresentação (coitados, não fomos lá para os maçar), seguida da leitura do livro João e a Floresta de Betão, que conta a história de João que vivia numa cidade e, depois de ter visitado um campo não queria voltar para a sua cidade.

Depois, entregámos uma folha a cada aluno para eles pintarem e colarem numa árvore de cartolina, a árvore mágica. Quando tivermos uma foto desta árvore (e do resto da actividade), colocaremos aqui no blog, para verem o que os pequenos artistas do segundo ano fizeram. Sorriso

 

Ainda voltaremos à escola para mais uma visita. Até lá, fiquem atentos para mais informação! Teremos coisas novas em breve!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Clube de Leitura.......2.0!!!

"Na bela e nunca por demais celebrada cidade de Lisboa, urbe das urbes, afamado remanso de brandura, nimbado de zimbórios e palmeiras, a moda das tartarugas exóticas começou um dia a fatigar." (p.11)

É assim que começa o livro A Arte de Morrer Longe, de Mário de Carvalho, o livro discutido na segunda reunião do Clube de Leitura. Arnaldo e Bárbara, as duas personagens principais, vão separar-se. Apenas uma coisa os une, uma tartaruga (tão amada que nem sequer tem nome), que se mantém ignorante às cabeçadas no aquário. É precisamente ao tentarem livrar-se dessa tartaruga que a história se desenrola. 

"A tartaruga não deu qualquer atenção à controvérsia que se seguiu e que ditava o seu destino. De facto, ela foi lona e bem integrada no contexto da separação, irradiante de insinuações e pequeninas perfídias, concentrando sentimentos negativos e dando ocasião a rebuscadas figuras de estilo, dentro dos limites daquilo que habitualmente se considera uma «discussão civilizada»." (p.17)

E o que simboliza afinal a tartaruga?
Isto foi apenas uma das muitas perguntas levantadas na nossa discussão sobre o livro. Para uns, a tartaruga representava aquilo que unia o casal, pois era a única coisa que tinham em comum. Outros acharam que simbolizava os problemas na sua relação, e tal como eles tentam livrar-se da tartaruga, deveríamos livrar-nos dos nossos problemas, pois estes só nos impedem de viver felizes. Concluímos que a tartaruga pode ter vários significados e o próprio escritor tem uma visão diferente da nossa, como se pode ver neste excerto de uma entrevista.

"O Arnaldo e a Bárbara serão num contexto social uma espécie de equivalente àquela tartaruga que têm em casa, à cabeçada nas paredes de acrílico?
Sim, são personagens presas num mundo que não compreendem. Um mundo de que não conseguem ver os limites, de que não conseguem interpretar os sinais e de que não conseguem sair. 
Tal como a tartaruga, que não vê com nitidez aquilo que se passa à sua volta.
Exactamente. E que está contida na sua caixa de acrílico. Sente sinais de fora- há sombras, ruídos  -mas não os entende. Tem muito que ver com a nossa condição, isso de estarmos fechados, enclausurados e de recebermos sinais de outro lado que não conseguimos interpretar." 
Revista LER, Maio 2010, p. 86

No geral, todos gostaram do livro, embora muitos achassem o estilo de escrita e o vocabulário com elementos pouco "ortodoxos", o que confunde o leitor no início. Ler este livro é semelhante a ver um filme, na medida em que certas cenas são interrompidas por outras completamente diferentes. O autor designou este estilo de escrita "Cronovelema".

"Chamei-lhe "cronovelema" exactamente por vir na pista de Era Bom Que Trocássemos Umas Ideias sobre o Assunto, Fantasia para Dois Coronéis e Uma Piscina e outros anteriores. Este é um livro em que já não estamos no século XX. Isto já tudo mudou."
Revista LER, Maio 2010, p.36

A história mostra a vida das pessoas de uma forma actual e interessante. Por isso, recomendamos este livro. Além disso, é pequeno e fácil de ler.

Deixamos, para finalizar, alguns sites que podem consultar.
  • http://aeiou.visao.pt/a-arte-de-morrer-longe=f556053
  • http://cadeiraovoltaire.wordpress.com/2010/04/01/a-arte-de-morrer-longe-de-mario-de-carvalho/